Levantamento do TCU aponta falhas na locação de imóveis no âmbito federal
Informações retiradas do Sistema de Gestão dos Imóveis de Uso Especial da União dão conta de que certos órgãos pagam em menos de três anos de aluguel todo o valor do prédio construído. A relatoria é do ministro Vital do Rêgo
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu incluir no seu próximo plano de fiscalizações uma auditoria de conformidade na locação de imóveis da administração pública federal. O objetivo é avaliar a legalidade e a economicidade das contratações, incluindo estudos técnicos preliminares, especificação do objeto e forma de seleção da empresa a ser contratada. O novo plano de fiscalizações do Tribunal terá início no segundo semestre.
Quanto à economicidade, há informações, retiradas do Sistema de Gestão dos Imóveis de Uso Especial da União (SpiuNet), “de que certos órgãos pagariam em menos de três anos de aluguel todo o valor relativo ao imóvel construído, isto é, poucos anos de aluguel corresponderiam ao valor do imóvel, o que não parece, em princípio, ser razoável”, enfatiza o relator do processo levado à apreciação do Plenário do TCU na sessão da última semana (11), ministro Vital do Rêgo.
Um dos exemplos seria o “prédio atinente Advocacia-Geral da União, cuja avaliação apontou o valor de R$ 42 milhões e a locação ocorreu por R$ 1,54 milhão mensais”. Ou seja, em pouco mais de 27 meses seria gasto em alugueis todo o valor do edifício. Já os gastos totais da administração pública federal com locações ultrapassaram R$ 1,4 bilhão em 2016. De 2011 a 2016, foram de R$ 7,3 bilhões.
Os dados são de levantamento de auditoria realizado pelo Tribunal na Secretaria do Patrimônio da União (SPU), do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, com o objetivo de realizar análise preliminar sobre a locação de imóveis por órgãos e entidades da administração pública federal em Brasília (DF), além de dados para uma possível auditoria de gestão patrimonial naquela secretaria.
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